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TDAH e Avaliação Neuropsicológica

Entrevista exclusiva no programa Tribuna Independente

Quais os sintomas de TDAH?

Qual a função da Avaliação Neuropsicólogica para diagnosticar TDAH?

90% das crianças hoje têm dificuldade de manter a atenção

Qual a diferença entre transtorno de déficit de atenção, dificuldade de manter a atenção ?

O que é exatamente o TDHA, é o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

Olha, o transtorno, ele é uma dificuldade em manter a atenção. É dizer, que os circuitos atencionais no cérebro não estão ocorrendo da maneira adequada.

Isso, a criança ou adulto, tem sintomas, que é dificuldade de manter a atenção, agitação motora, dificuldades para construir uma brincadeira, para construir um desenho, criatividade para desenvolver a criatividade, porque ela não consegue manter a atenção naquilo que ela está fazendo.

Agora, quais são os sintomas que a criança tem que ela está desenvolvendo esse tal de TDHA?

Então, isso é uma coisa importante, porque se a gente for focar só nos sintomas, a gente vai ver que 90% das crianças hoje têm dificuldade de manter a atenção.

É nesse momento que temos que pensar em quais são os processos sociais que estão fazendo com que essas crianças tenham déficit de atenção.

Os sintomas são dificuldades de se concentrar, dificuldades de manter a atenção em uma tarefa por um longo período, dificuldades de brincar e eles desenvolvem essas dificuldades, principalmente em sala de aula, em que atrapalham as outras crianças e o ambiente escolar.

O que nos leva para o questionamento de como o TDAH é identificado ou diagnosticado? 

Existe algum exame que é feito para que diagnosticar, como exame neuropsicológico.

Que trata-se de uma avaliação neuropsicológica, com o intuito de fazer o mapeamento dessas funções mentais.

Existem níveis de avanço dessa doença, existem, por exemplo, níveis   de crianças que têm um pouco desses sintomas, crianças que tem níveis mais críticos.


Hoje em dia, as crianças têm muita dificuldade de manter a atenção porque elas já estão crescendo no ambiente em que as múltiplas informações estão corriqueiras no ambiente delas, na vivência delas.

Os smartphones, a tecnologia de uma maneira geral, acabam habilitando essa função no cérebro das crianças de uma maneira muito diferente das nossas, de quando a éramos criança quando o número de estímulos era muito menor.

Na atualidade, é muito mais corriqueiro as crianças terem dificuldade de manter a atenção e quando vão para escola elas “dão problema” na escola de manter a atenção nas atividades escolares.

Eles vão para o médico, ou um pediatra, psiquiatra, neurologista e aí eles são medicados, são diagnosticados.

O que eu quero salientar é que muitas dessas crianças, elas não têm o transtorno de déficit de atenção, elas têm dificuldade de manter a atenção em atividades em que esses estímulos que elas estão habituadas não estão tão presentes.


Olha, o Newton de São Paulo está fazendo uma pergunta que se não viesse pelos telespectadores com certeza o que ele vai fazer.

Você citou aí sobre a questão dos celulares, ele está perguntando se as crianças que ficam muito tempo expostas em tablets e celulares, se isso prejudica a atenção das crianças.

Se ela ficar um período muito longo nos jogos eletrônicos, nos tablets e nos celulares, prejudica justamente a habilitar essa função. A atenção é uma função que ela requer motivação. Eu preciso estar interessado naquilo que eu estou aprendendo.

Os celulares, a tecnologia de uma maneira geral, elas tomam a atenção da criança de uma maneira muito passiva. Elas têm luzes, elas têm cores, movimento e aí elas ficam presas a esses estímulos.

Quando elas saem desses estímulos e elas vão para a sala de aula em que os estímulos não são os mesmos. Já não tem aquele barulho todo, já não tem aquelas cores todas, elas precisam ter interesse naquilo que elas estão aprendendo, elas não conseguem manter a atenção.

Então respondendo à pergunta, muito tempo exposto ao celular, ao tablet ou jogos eletrônicos é prejudicial para a construção dessa atenção.

Eu queria também que você comentasse alguma coisa a respeito dessa questão da mente multidisciplinar, porque nós vemos realmente, eu vejo isso com a minha filha. A gente percebe que as crianças fazem muitas coisas ao mesmo tempo.

Estão falando de celular, apanho o celular do lado, está ouvindo uma música, é ao

mesmo tempo pesquisando no computador e fazendo a lição, quer dizer, você fala, pera lá, o que você está prestando a atenção, é nisso, é naquilo?

Isso, primeira pergunta, é bom ou é ruim?

E se, dependendo da sua resposta, se for bom ou se for ruim, qual que é o grau que a gente pode medir se isso ajuda ou atrapalha a criança?

Olha, as crianças que já vieram com essa tecnologia já na vivência delas, elas têm

essa capacidade de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo.

O problema é que elas muitas vezes não se aprofundam em determinadas situações.

Então elas estão no computador, elas estão conversando, elas estão fazendo uma pesquisa, fica muito mais superficial.

E vou dar um exemplo que eu dou nas minhas aulas, que é, você lembra como você fazia com o papel ao maço, você lia um texto, você fazia um resumo, tinha que ter um rascunho, para depois você passar limpo, você tinha que prestar uma atenção danada para você passar limpo direitinho, tudo isso, era um trabalho que você refazia a informação.

Hoje em dia a informação está muito rápida para nós, você vai no meio eletrônico, você pesquisa tudo que você quiser, você recorta, você cola, você trabalha a informação de uma maneira mais superficial. Isso acontece no nosso dia a dia e a gente dá conta disso.

Quando a criança precisa de fato prestar atenção só em uma coisa, que é prestar atenção muitas vezes no que a professora está dizendo ou na matéria que eles estão mostrando ou no modo como eles estão ensinando, essas crianças muitas vezes se perdem.

É bom ter essa atenção múltipla, mas é perigoso!

É bom ter essa atenção múltipla, mas é perigoso quando a gente não consegue se aprofundar em determinadas ações.

Uma coisa que também me chama muita atenção é a questão, se está falando justamente da criança, o comportamento dela na sala de aula.

Eu queria perguntar ao inverso, um professor que identifica esse tipo de criança, qual que é a atitude dele com relação ao aluno, o que que o professor deve fazer?

Ele deve, eu sei que é difícil de fazer isso, mas ele deve chamar a atenção dessa

criança. Chamar a atenção. Quanto mais próximo dele essa criança tiver, quanto mais próximo, fisicamente, inclusive dele essa criança estiver, mais fácil dessa criança prestar atenção no professor.

Algumas tarefas antes de passar a lição ou antes de entrar em sala de aula, algumas tarefas de concentração, alguns exercícios de concentração, seriam interessantes de fazerem antes de uma prova, antes de alguma tarefa que seja mais densa, seriam interessantes de eles se prepararem para isso.

E perguntando agora sobre os pais, como que os pais podem colaborar com os professores nessa tarefa?

Os pais têm de fazer as mesmas coisas. A grande questão é que essas crianças dão muito mais, têm muito mais dificuldades na escola. É muito comum os pais dizerem, mas em casa ele não tem isso. Às vezes para fazer lição de casa, essas crianças ficam mais desatentas, mas é um período muito mais curto de tempo.

E outras, se eles têm os jogos eletrônicos, se eles têm as relações familiares, não exigem tanta atenção das crianças como na escola. Então é muito comum que as crianças, por exemplo, estejam sendo medicadas, único exclusivamente no período escolar.

Porque é lá onde ela enfrenta o maior problema, onde ela tem a maior dificuldade.

Assista a entrevista na integra

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